domingo, 29 de março de 2015

Exposição: O Rio de Janeiro de Debret

No sábado passado fui visitar o Centro Cultural Correios para ver a exposição do Debret que minha professora de Antropologia indicou. Pra começar foi super tranquilo e não tinha fila. As pinturas dele são pequenas e cheias de detalhes e para ajudar você pode pegar uma lupa e ver todos os detalhes direitinho. Eu achei que fosse ter um desenho ou outro, mas me assustei com a quantidade de obras expostas, um total de 120! Apesar de não ter fila achei que lá dentro estava cheio, mas nada absurdo, com um pouco de paciência você consegue ver tudo. Mas era um sábado e todas as exposições ficam mais cheias no final de semana e sempre indico para irem nos outros dias, se for possível.
Para saber mais um pouco...
Jean-Baptist Debret foi um pintor, desenhista e professor que viveu no Brasil no início do séc XIX e juntos com outros artistas franceses teve a missão de criar uma Academia de Artes e Ofícios. Debret descreveu em desenhos e aquarelas as questões políticas, religiosas, sociais e culturais do país, com foco na cidade do Rio de Janeiro.
A mostra integra-se às comemorações dos 450 anos da cidade e prestigia o público com essa histórica volta ao passado de quase dois séculos, ilustrado por Debret com sua arte, minúcia e intimidade.
(Trecho tirado do folder que peguei na exposição)
Foi muito bom passar a tarde de sábado vendo aquarelas incríveis, quem já tentou pintar aquarela vai ficar impressionado com a quantidade e perfeição dos detalhes, eu tentei no ano passado e vi que era muito mais complicado do que aparenta ser. Adoro museus e exposições e hoje indico essa que vai ficar lá no Centro Cultural Correios aqui no Rio até o dia 3 de maio. Pra quem não sabe fica atrás do CCBB e é super fácil de achar, não dá pra perder essa! Também está tendo uma exposição incrível no CCBB, mas a fila estava gigantesca e por isso vou voltar lá em um dia de semana e depois faço um post sobre ela pra vocês.

Exposição: “O Rio de Janeiro de Debret”
Abertura: 4 de março às 19h
Visitação: de 5 de março a 3 de maio de 2015
De terça-feira a domingo, das 12h às 19h – Grátis/Livre
Local: Centro Cultural Correios - Rua Visconde de Itaboraí, 20 - Centro - Rio de Janeiro|RJ
Telefone: (21)2253-1580 (Recepção)

quarta-feira, 25 de março de 2015

Mentirosos - resenha com spoilers

Mentirosos (com spoilers)

Oi amores, eu estava super ansiosa pra fazer esse post e não sei porque enrolei tanto. Senti muita dificuldade na hora de fazer a resenha de Mentirosos da E. Lockhart, simplesmente porque são poucos os fatos que você pode contar sem comprometer a leitura de quem ainda não leu o livro. Por isso a resenha ficou bem vaga, mas quem leu sabe que é muito difícil falar sobre esse livro. Se você ainda não leu pare de ler esse post agora!!! E volte quando já tiver lido. :) Senti a necessidade de poder falar abertamente sobre esse livro com alguém que já leu, mas infelizmente não tenho ninguém próximo que já tenha lido e é por isso que vim fazer esse post.

O que foi esse livro minha gente?????? Quando ela revelou que os primos estavam mortos fiquei dez minutos segurando o livro, paralisada, li outra vez, achando que eu devia ter entendido errado, mas não, era exatamente isso. Eu já estava quase indo dormir, mas depois de descobrir isso tive que ler o livro até o final naquele mesmo momento. Nunca li um livro que me surpreendesse tanto quanto esse, me lembrou até um filme de suspense e espero muito, muito mesmo que seja adaptado para o cinema, acho que ficaria ótimo.

Depois dessa revelação comecei a lembrar de algumas coisas que não faziam muito sentido pra mim durante a leitura, principalmente da tia dela que saia de madrugada procurando pelo filho e nunca encontrava e também lembrei de como ela descreveu que a casa onde eles ficavam estava suja e bagunçada, depois tudo foi fazendo sentido pra mim e nossa, essa autora realmente arrasou com esse livro. Consegui sentir a culpa da personagem e entender o por que de ela ter criado tudo aquilo para conseguir lidar com o passado.

Fiquei triste porque estava torcendo pelo casal e quando eles se despedem na praia é a coisa mais linda de todas, confesso que chorei e isso normalmente não acontece. E quando ela fica se questionando sobre o por que dele ter sumido e não ter procurado ela depois de tudo o que passaram juntos naquele verão, ai gente, meu coração se despedaçou em milhares de pedacinhos. Tendo mesma idade da personagem foi fácil pra mim me identificar, mas acho que qualquer pessoa conseguiria se colocar no lugar dela independente da idade.

Estou tentando fazer a minha mãe ler o livro pra poder falar sobre ele com ela, quem leu sabe como é difícil aceitar o fim do livro. Você cria expectativas e torce pelos personagens, depois descobre que estão mortos e tudo o que você imaginou vai embora. Esse livro é devastador!

segunda-feira, 23 de março de 2015

Um recado às mulheres

Olá! Tudo bem?

Hoje quero fazer um desabafo direcionado às mulheres.

Eu como um homem atípico, gosto de romantismo, não sou adepto aos relacionamentos “pega mais não se apega” - se é pra fazer que faça bem feito. Então quando me envolvo com alguém é porque gosto. Com esse diferencial posso me considerar um cara de sorte, pois ainda há mulheres românticas por aí a fora que gostam dessa característica.

Porém, em contra partida, há duas coisas em mim que me incomodam e atrapalham; a coragem e a autoconfiança. Sou um tanto quanto inseguro, e para piorar, empático demais muitas vezes, quando penso em dizer algo que demonstre afeto ou interesse à outra pessoa um “filtro” mental me vem à cabeça e diz “veja bem o que você vai falar”, “tem certeza que vai dizer isso?”, “ela vai te achar um babaca, melhor deixar quieto”, e eu acabo não dizendo nada - esse “filtro” mental possivelmente seria chamado de Superego por Freud. Enfim, o fato é que perdi algumas oportunidades por não ter me declarado a tais pessoas no momento certo.

Até aí tudo bem, sei que tenho minha parcela de culpa e devo trabalhar essas questões comigo mesmo. Mas agora quero ser um pouco determinista e projetar parte dessa culpa no outro lado da moeda; as mulheres. Em nenhuma dessas oportunidades que perdi percebi um interesse mutuo, depois descobri que o sentimento era recíproco, mas a primeiro momento, enquanto me agonizava tentando balbuciar algo legal para “criar um clima” sem obter êxito, a guria nem se manifestou. Em todos os casos percebi uma atitude do tipo “se vira, você quem é o homem e deve me conquistar”. Posso estar falando no calor do momento e sendo um pouco radical, mas a mensagem deve ser uma só independente da maneira como seja dita.

Mulheres, não tenham medo de correr atrás de quem vocês tiverem interesse. Se nós podemos – e para muitos devemos - conquistar uma parceira (o) que nos chame a atenção, vocês também podem demonstrar ao parceiro (a) que estão interessadas, deixando claras suas reais intenções, sem ser vulgar. Sei que para vocês talvez seja difícil explicar por “A+B” que estão afim, mas infelizmente nós somos mais racionais (quadrados) enquanto vocês mais emocionais (subjetivas), logo, entendemos melhor as coisas quando explicadas nos mínimos detalhes. Diferente de vocês, que são mais sensitivas, nós não captamos a mensagem no ar. Sem contar que no quesito conquista vocês são anos luz melhores do que nós, ao passo que em vulgaridade, muitas vezes, somos pioneiros.

Se for pra lutar pela igualdade entre os gêneros, começar por esse ponto me deixaria bastante feliz! (Rsrs...) Talvez com o alcance da homogeneidade de nossos comportamentos podemos equiparar as características dos homens às das mulheres, mas em nossa sociedade machista atual, ainda há muitas disparidades.

(Poema em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres)

Mulher


Ela pode ser alta,
Ela pode ser baixa,
Ela pode ser gorda,
Ela pode ser magra,
Ela pode ser branca
Ou pode ser parda.

Ela pode ser mono, bi, tri, poli sexual,
Ou simplesmente ter um relacionamento casual.
Pode dar
Ou se afastar.
Ela pode ter defeitos,
E querer tudo do seu jeito.
Ela pode ir e vir
Ou ficar e insistir.
Ela pode cortar Chanel
Ou cobrir tudo com um véu.
Pode ficar dentro ou fora,
E quando quiser, pegar as coisas e ir embora.
Ela pode gostar,
Caso contrário esnobar.
Ela pode ficar de frente,
Quando não, ficar de costas.

Vestir-se de preto ou de branco,
Sentar-se no chão ou no banco.
Ela pode ser decidida,
Mas se não quiser, depois decidir o que fazer da vida.
Pode vestir uma roupa bonita,
Ou escolher a primeira que estiver por cima.

Independente, imprudente, indecente ou sem dente,
Ela estufa o peito e vai pra frente.
Ela pode esquecer tudo isso
E não fazer nada disso;
Ou acabar com tudo
E virar o lado do disco.
Ela tem olfato e não ofício.

Pouco importa se ela vai sentada ou em pé;
Se vai sem reza ou com fé;
Pois o que importa à mulher
É ser, saber, ter e pensar,
Exatamente
O que quiser.

Parabéns pelo seu dia,
E que ele aconteça todos os dias!

Ayron Barsan                                                   
São Paulo, 08 de Março de 2015.

Obrigado por dispor desse tempo conosco! :)


quarta-feira, 18 de março de 2015

Resenha: Uma constelação de fenômenos vitais

Título: Uma constelação de fenômenos vitais
Autor: Anthony Marra
Editora: Intrínseca
Número de páginas: 336






Um dos meus novos livros favoritos. Comprei por acaso, estava na livraria, achei a capa bonita, li um pouco e compre sem nunca ter ouvido falar antes. Que sorte a minha. Estou simplesmente apaixonada pela história. Nunca li um livro em que os personagens fossem tão bem construídos, o autor dá tantos detalhes dos gostos, da vida e da personalidade dos personagens que eu senti que conhecia cada um deles.
A história acontece na Chechênia em tempos de guerra e mostra basicamente como a vida de cada personagem foi transformada e afetada pela guerra. Alguns personagens tem seus valores corrompidos e deixados de lado nesse cenário, mas por mais que ele faça coisas erradas e absurdas é impossível ficar com raiva, porque o autor explica todas os motivos que os levaram a tomar cada atitude, mostrando o lado humano e os sentimentos de cada um. Terminei o livro com vontade de ler outra vez e pretendo fazer isso em breve. Pra mim é muito difícil fazer um resumo da história sem contar alguma coisa importante e infelizmente achei que a sinopse não resume bem o livro, então não vou falar muito apenas que é um livro incrível, surpreendente e eu recomendo!

"O trabalho da vida de alguém poderia ser esfregar vasos sanitários. Um trabalho não é significativo apenas porque a pessoa o faz durante toda a vida."
 

Sinopse:
Ao ver sua casa pegando fogo, após seu pai ser levado por soldados russos, Havaa, de 8 anos, se esconde na floresta e observa as chamas até que um vizinho a encontra sentada na neve. Akhmed sabe que se envolver significa arriscar a própria vida e que não há lugar seguro para abrigar uma criança na vila, onde informantes fazem qualquer coisa por um pedaço de pão. Mesmo assim, ele a conduz até o único lugar em que acredita que a menina poderia estar a salvo: um hospital abandonado que já teve quinhentos funcionários e onde a única médica restante, Sonja, está no degrau mais baixo de sua carreira, amputando membros dilacerados em pacientes atingidos por minas terrestres.
Também médico, Akhmed é pouco competente, mas bem-intencionado, e seus conhecimentos, embora precários, são rapidamente requisitados: ele logo aprende a serrar pernas atingidas por estilhaços de bombas. Apesar dos protestos de Sonja de que o hospital não é um orfanato, Akhmed consegue convencê-la a manter Havaa escondida ali. Nesse cenário de guerras, ocupações e insurgências que arruinaram a Chechênia desde a década de 1990, a confiança entre Akhmed e Sonja desenvolve-se lentamente, com Havaa funcionando como ponte. As histórias de perda dos dois médicos farão com que eles se apeguem à menina com uma ansiedade cega. Um livro de trama surpreendente, que equilibra momentos de violência e extrema delicadeza, experiências traumáticas e lembranças felizes, Uma Constelação de Fenômenos Vitais é uma história comovente sobre amor e sobrevivência.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Faculdade: trote

Oi amores, semana passada as minhas aulas da faculdade começaram e eu tive o trote. Pra quem não sabe estou cursando Pedagogia e sim, essa foi a minha primeira opção e vou fazer um post só sobre isso. O trote sempre me deixou com medo, mas gente, não é qualquer dia que se passa pra uma federal e acho que o trote faz parte do processo. Claro, o trote deve ser algo humano, vemos tantas coisas horríveis por ai e é por isso que a maioria dos calouros morre de medo e muitos faltam a primeira semana de aula só pra fugir do trote. Eu passei pra UFF - Universidade Federal Fluminense e lá não tem histórico de trotes agressivos e mesmo assim, se acontecer algo fora do normal você pode denunciar e tudo isso foi explicado no primeiro dia de aula assim que chegamos.

Bom, chegamos na segunda, tivemos uma atividade feita pelos veteranos para que todo mundo se apresentasse, depois eles simularam um trote agressivo sem a gente saber e quando estávamos super chocados falaram que era mentira e que as meninas não eram calouras e sim veteranas. Não acredito que cai nisso, mas foi muito divertido quando descobrimos que era mentira. Depois, é claro, pintaram a gente pra ir pra rua pedir dinheiro, mas só participou quem quis (achei isso muito legal) e me pintaram de pequena sereia.

Na terça tivemos aula de malabarismo com um veterano que faz parte de um circo e foi muito, muito, muito legal. Eu nunca tinha feito nada parecido e me diverti muito. Depois pintaram a gente outra vez e dessa fui pra casa com o rosto pintado de caveira mexicana.

Na quarta e na quinta eu não participei do trote, porque eu iria perder uma aula e preferi não participar e assistir à aula, mas eles não fizeram nada de diferente, só pintaram a galera para ir pra rua.

Na sexta fomos visitar uma creche municipal e fazer atividades com as crianças. Pra mim foi o momento mais especial da semana, quero trabalhar com educação infantil e foi a primeira atividade que fiz dentro de uma escola com crianças pequenas. A carinha delas de felicidade por estarmos lá não teve preço e tenho certeza de que todos os calouros que foram acharam a experiência incrível. Arrecadamos muitos brinquedos e livros pra levar pra lá e sei que cada um deles será amado e aproveitado pelas crianças.

O meu curso faz um trote cultural e por isso tivemos essas atividades diferentes, adorei a ideia e acho que todos os trotes deveriam ser assim. Fico muito triste, essa época do ano vemos várias notícias sobre jovens que se machucaram ou até morreram durante o trote e um momento que era pra ser celebrado acaba virando uma tragédia. Espero que um dia isso acabe, mas enquanto isso temos que denunciar esses casos e se você passou por isso e não se pronunciou na hora nunca é tarde, ainda dá tempo de denunciar e falar sobre isso para os calouros, para que se passarem por uma situação desagradável ou humilhante no trote busquem ajuda e orientação. Amei o meu trote, foi muito melhor do que eu esperava!

AVISO

Oi amores, vim aqui hoje me desculpar pela ausência na última semana. Foi minha semana se trote na faculdade e ainda estou me adaptando e tentando organizar meu tempo para conseguir fazer tudo o que eu quero. Infelizmente não li nada na semana passada e nem lembro a última vez que fiquei uma semana inteira sem ler. Assim, li um texto da faculdade que tomou boa parte do meu tempo, mas não li nada de literatura que possa virar um post e isso me deixou bem chateada. Essa semana vou postar, mas ainda estou me adaptando e pode demorar um pouco para que o blog tenha um dia certo para os posts e tudo mais, como eu andava fazendo durante as férias. Estou me dedicando e quero fazer um trabalho de qualidade tanto aqui quanto na faculdade!

Vou fazer posts falando sobre o trote e esse primeiro período na faculdade e tudo mais que acho interessante compartilhar sobre essa nova fase. Espero que gostem, vem coisa boa por ai!


quarta-feira, 11 de março de 2015

Resenha: Tormenta

Título: Tormenta
Autor: Lauren Kate
Editora: Galera Record 







Finalmente venho resenhar o segundo livro da série Fallen.
Após a luta no final de Fallen, Luce vai para uma nova escola onde existe uma turma especial para os Nefilim - que são pessoas que tem algum grau de parentesco com anjos e a maioria delas tem algum dom por isso - Luce vai para essa escola onde ela estaria protegida. Nos 17 dias que passa lá faz dois amigos novos o Miles e a Shelby e eles aparecem durante toda a narrativa do segundo livro. Se você se apagou a algum personagem coadjuvante do primeiro livro pode esquecer deles por muitas e muitas páginas, só aparecem no final do livro.

Ler esse livro me lembrou muito de quando li Crepúsculo. A história em si não é muito surpreendente, é um amor cheio de mistérios e muitas pessoas querendo que não dê certo,  mas o segundo livro me surpreendeu porque a Luce teve uma evolução absurda. A atitude que ela toma depois que os Pátrias vão embora na luta do final me deixou meio chocada e curiosa pra ler o terceiro livro e por causa dessa atitude vou continuar lendo a série. É impressionante como um fato da história pode fazer o leitor querer mais, eu já estava decidida a não ler o terceiro livro quando tal coisa aconteceu (não quero dar spoiller) e eu mudei de ideia.
Sinopse:
Enquanto Daniel está caçando os anjos que querem matar Luce, ela começa a aprender a utilizar as sombras como janelas para suas vidas passadas em Shorelina, sua nova escola. Lá estão alunos com talentos únicos: nefilins, filhos ou descendentes de relacionamentos entre anjos e mortais... Logo Luce está certa de que Daniel está escondendo um segredo mortal, e começa a questionar as consequências desse amor proibido.
 
Volto em breve com a resenha do terceiro livro, será que vou ler o quarto???  Dúvida cruel...

domingo, 8 de março de 2015

1° Encontro - Ayron

Olá! Tudo bem?

Eu espero que sim, pois devo começar me desculpando. >.<

Andei pensando no que dizer nesse primeiro contato durante dias, como quem se prepara a um primeiro encontro - só de pensar minha boca seca e minhas mãos suam. Engraçada essa sensação de frio na barriga, insegurança, e ao mesmo tempo ansiedade e adrenalina, né?!

Pensei em todos os detalhes - desde o par de meias que usaria, até a cor da fita que prenderia seu buquê de flores -, mas o nervosismo me fez esquecer tudo. Um pena não poder lhe mostrar meus sapatos novos que comprei, pois tive orgulho quando terminei de lustrá-los - ficaram um espelho; dava até pra me pentear olhando para eles. Que droga! Como pude esquecer desse momento tão importante para nós?!

Até agora não sei o que dizer, nem o que te entregar, como me redimir pra tentar me desculpar. Então, só o que me resta é deixar ao acaso! Me desculpe, mas direi o que me "der na telha", o que der e vier; antes que as coisas piorem pro meu lado. :'(

A única certeza que tenho é que não quero (nem imaginar) esse post fincando igual à qualquer outro que eu já tenha escrito ou venha a escrever por aí, afinal não sou mais quem fui e não serei mais quem sou, e você também não - o que me tranquiliza de certa forma, pois pensando por esse lado, o tempo por si só já se encarrega de tornar as coisas diferentes a todo instante -, sem contar que é um momento muito especial e requer exclusividade.

Tentarei, então, discorrer alguns versos que me ocorrerem agora, antes de compartilhar uma ideia que já me ocorreu outrora, e dar total liberdade para conversarmos a respeito, só pra deixar esse momento mais autêntico:

"É chegado o grande dia,
Dia do primeiro encontro.
Encontrei em seus olhos o dia.
No dia que parecia um conto.

Sabe aquele parque itinerante?
Giramos na roda gigante.
A barraca de tiro ao alvo?
Ela me pega num salto.

Na barraca de pesca
Ela me prega uma peça;
Eu fisgo seus flertes;
Mais do que pego peixes.

Nunca comi algodão tão doce;
E uma maçã com tanto amor;
Verdade antes fosse;
Entregue a mim essa flor.

Sabe o que é?
Esqueci-me de contar.
Ela não sabe quem eu sou;
Também não posso deixar.

Ficamos em lados opostos;
Ela num lado e eu do outro.
Sou um pônei de um lado;
Ela é um pônei do outro.

Realmente o mundo dá voltas;
Num carrossel nem se fale.
Quem sabe um dia nos soltam,
E galopamos sem margem."

Ufá! Foi tão rápido que me tiraram o fôlego; foi incrível deixa-los sair com tanta espontaneidade!

Eu disse que iria compartilhar uma ideia que me ocorreu outrora, mas deixemos pra outrora, afinal esses versos renderam mais do que uma boa história. ^^"

Muito obrigado por dispor desse momento conosco. :)



sexta-feira, 6 de março de 2015

Filme: Jessabelle

Título: Jessabelle
Gênero: Terror, suspence
Duração: 1h30min
Diretor: Kevin Greutert
Elenco: Sarah Snook, Mark Webber, David Andrews
Nacionalidade: EUA




Um fato inédito essa semana: primeiro filme de terror que resenho aqui pro blog!!! Gosto muito de filmes de terror/suspense e assisto sempre, minha mãe é super parceira nessas horas porque ela também adora e sempre assiste comigo. Semana passada assisti ao filme Jessabelle sem muitas expectativas, mas acabei gostando bastante do filme.

O filme conta a história da Jessabelle e sobre um mistério que envolve sua família. Depois de sofrer um acidente onde perde seu marido e seu filho, ela fica com as pernas imobilizadas e precisa voltar a morar com o pai. A mãe dela morreu quando ela era bebê e mexendo no seu quarto ela encontra fitas que sua mãe gravou para ela. A história vai se desenrolando e ela entra em contato com um espírito nada feliz e que tem coisas a resolver.

Achei que fugiu bastante dos clichês de terror, mas tem umas atitudes que os personagens tomam que, na minha humilde opinião, não aconteceriam na vida real. Cenas em que pessoas normais iriam correr eles ficam lá e se aproximam pra ver o que é, mas isso acontece muito nos filmes de terror e já estou acostumada. É um bom filme pra assistir quando junta uma galera, dá pra levar uns sustos e a história faz sentido.  Não gostei no final, mas no geral o filme é bem legal, um dos melhores de terror que vi recentemente. Recomendo, principalmente pra quem está com os amigos e surge aquela brilhante ideia de ver um filme de terror.

Sinopse:
Após sofrer um acidente automobilístico, Jessie (Sarah Snook) é forçada a retornar para a casa do pai, onde tenta lidar com suas pernas imobilizadas. Ela ainda terá de enfrentar a fúria de um espírito, chamado Jessabelle, que pode ter relação com as circunstâncias misteriosas de seu nascimento.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Resenha: Contos de Fadas

Título: Contos de Fadas
Autor: Vários autores
Editora: Zahar
Número de páginas: 284


Finalmente vim fazer a resenha dos contos de fadas. Desde pequena eu ouvia falar que os contos originais eram bem diferentes das adaptações da Disney, mas nunca tinha lido nenhum, até que me deparei com essa edição linda da Zahar. Essa editora faz os livros de bolso mais lindos que já vi, são até de capa dura.



Comprei o livro com a intenção de ler para a minha irmã mais nova, mas acreditem, os contos originais não sai apropriados para crianças e por isso decidir ler sozinha mesmo. Nem todos são super assustadores, mas alguns são bem pesados e por isso fui lendo e marcando qual que eu poderia ler com a minha irmã e vou compartilhar isso com vocês no final desse post. 

Foi uma leitura muito legal e curiosa, fiquei surpresa com os contos e não sei como contavam isso para crianças,  elas deviam ter muitos pesadelos. O meu conto favorito dou A pequena vendedora de fósforos,  é um dos menores do livro e é o mais triste,  mas também o mais bonito. O que eu menos gostei foi A história dos três ursos,  achei bem ruim mesmo e poderia facilmente ter ficado de fora do livro. Os que mais me surpreenderam foram Branca de Neve e A pequena sereia, que são completamente diferentes das versões adaptadas, principalmente o final. E por fim, mas não menos importante, o mais assustador e bizarro é Pele de Asno.

Os contos são curtos e se eu for falar muito vou acabar estragando a experiência de quem for ler. Recomendo essa leitura, são histórias que contém personagens que conhecemos desde pequenos e pra mim foi uma nostalgia muito boa ter mais esse contato com esses personagens. 

O livro contém vinte contos que estão listados abaixo. Marcados de azul são os que achei adequados para ler com crianças. 

Cinderela ou O sapatinho de vidro
Pele de Asno
O Gato de Botas ou O Mestre Gato
O Pequeno Polegar
Chapeuzinho Vermelho
Barba Azul
A Bela e a Fera
A Bela Adormecida
Branca de Neve
Chapeuzinho Vermelho (2)
Rapunzel
João e Maria
A roupa nova do imperador
O Patinho Feio
A pequena vendedora de fósforos
A Pequena Sereia
A princesa e a ervilha
João e o pé de feijão
A história dos três porquinhos
A história dos três ursos

segunda-feira, 2 de março de 2015

Coisas da lua

Oi pessoal. Mais uma segunda e hoje trouxe um texto de um dos meus livros preferidos da infância. Outro dia fui arrumar meu armário e achei uma caixa onde guardo algumas lembranças e dentro estava o livro Coisas da Lua e alguns outros que vou comentar em outros posts. E nesse livro tem um texto que sou apaixonada. Quando eu fazia teatro fiz um teste usando esse texto e acabei decorando e nunca mais esqueci. Vou colocar os dados do livro no fim do post pra quem se interessar, mas o  texto do qual estou falando é esse aqui embaixo e me identifico muito com ele, espero que vocês gostem.
"Sabe de uma coisa? Acabei de fazer a maior descoberta da minha vida. Eu sou Lua porque assim como a lua lá do céu, também tenho minhas fases. Há dias em que estou cheia. Cheia de vida, alegre, cercada de amigos, brincando sem parar. Aí, de repente,  não sei explicar porque, vou minguando, minguando,  sentindo vontade de ficar mais comigo do que com os outros e acabo ficando nova. Lua nova some do céu. E eu também dou sumiço do mapa. Fico no quarto, ou em um canto qualquer da casa,  lendo, inventando histórias,  arrumando as coisas da minha cabeça ou do meu armário,  ou fico mesmo é esticada no chão,  olhando para o teto com vontade de ficar à toa. Depois de algum tempo me sinto crescendo, crescente, com vontade de agitar e acabo é ficando cheia outra vez. E aí disparo como um raio, ou um buscapé de festa de São João,  ao encontro da turma da minha rua onde cada um é mais legal do que o outro."

Título: Coisas da Lua
Autor: Alvaro Ottoni de Menezes
Editora: Nordica

domingo, 1 de março de 2015

Novo colaborador

Meu nome é Ayron - pela pronúncia uns me chamam de Iron Man e outros mais velhos (ou fãs de metal) de Iron Maiden -, mas enfim, pode me chamar do que quiser, desde que me chame; principalmente se for para uma boa conversa, tenho 22 anos, 6 meses e 15 dias de experiências, vivências e displicências para compartilhar.

Hoje sou resultado da soma de todas as lembranças criativas da infância, da vivacidade da adolescência, dos 11 meses que servi as Forças Armadas e dos dois anos e meio em que morei embaixo do mesmo teto com uma pretendente, e tudo isso com um toque acentuado de sensibilidade e emoção que venho adquirindo em cada texto novo que escrevo.

Gosto muito de teatro (de preferência atuando), de música (de preferência tocando), de escrever (de preferência pensando), e de falar (de preferência dialogando), mas não sou ator, cantor, escritor, filosofo, teólogo, psicólogo, conselheiro ou curandeiro, e sim um aspirante a tudo isso.

"Um emaranhado de ideias movendo outro de carne e osso"

É com muito prazer que também estou montando na anca desse unicórnio para galopar ao sabor do vento e trazer em versos e cronicas, hora tempestade de emoções, hora o clarão do sol em reflexões que nos levarão a enxergar o que temos de melhor.

Não faço questão que compartilhe, curta, ou discuta sobre minhas ideias e sentimentos, mas quero que opine, caso contrário me deixará falando sozinho. Eu espero que goste, mas se isso não acontecer tudo bem, desde que me exponha seus motivos.